sábado, 20 de junho de 2009

Cabo Ledo

Não bastasse minha inabilidade como fotógrafo, só tenho uma câmera de liquidação do Extra, que não faz justiça aos lugares e coisas lindas que tenho visto por aqui, quando me sobra tempo. Domingo passado estava bastante empolgado com o visual do Cabo Ledo, praia semideserta a 100 e poucos km a sul de Luanda. Tirei várias fotos, sai andando procurando ângulos bons, mas não houve jeito. O que vos apresento aqui está muito longe de revelar a beleza daquele lugar.

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Ponte sobre o rio Kwanza

Para bem aproveitar a praia e evitar os congestionamentos da volta para casa, partimos bem cedo de Luanda, numa carrinha (pick-up, no Brasil) da empresa. O carro que está lá em casa não aguenta a estrada, mas acho que teria chegado a Cabo Ledo sem problemas. Por mais que a recomendação geral seja de evitar sair da cidade com carros pequenos, a rodovia está em excelentes condições, e permite uma viagem tranquila. Bem melhor que a a BR-324, que liga Salvador a Feira de Santana, por exemplo.

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Céu de cara feia

Pois bem, chegamos a Cabo Ledo ainda cedo, mas estava meio desapontado no caminho com o tempo ruim anunciado pelo céu branco do cacimbo. Ao chegar à praia, no entanto, esse tipo de pensamento some logo, devido à beleza do lugar, uma enseada circundada por um muro de pedra, sem barulho, barracas de praia e poucos turistas, que trazem sua própria infra: sanduíches e bebidas no gelo.

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Uma pedra no meio do caminho

Logo me afastei do pessoal e saí andando pela praia, passando pelo corredor estreito de areia entre a água e as pedras, na maré baixa. Uma ou outra pessoa passava de vez em quando. Com o céu de cara fechada, vento frio e água gelada por entre os pés, não há como não sentir um pouco de melancolia.

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Pan do Cabo Ledo

Percorri um bom trecho se praia sem viva alma, até chegar a outro ponto de concentração de banhistas. Assim como no ponto de partida, quase nenhum angolano à vista. Nem brasileiros: pelo que ouvi, todos falavam com sotaque português, uns outros se comunicavam em francês. E um grupo de japoneses, claro, tirava fotos. Todos vestidos.

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Esses incríveis japas e suas máquinas maravilhosas

De volta ao local onde chegamos, fui um dos poucos a encarar a água gelada. No mar, além de mim, só os surfistas. Sem nenhuma ilha na frente do litoral -como acontece em Luanda-, a praia do Cabo Ledo recebe o Oceano Atlântico de frente, sem anteparos, e pela primeira vez vi ondas por aqui. Não é nada de nível Pipeline, mas os surfistas pareciam divertir-se.

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Surfin' in Angola

Quando já estávamos de saída, lá perto das 14h, o sol resolveu romper a bolha branca do cacimbo e apareceu, meio tímido. Pensando bem, nem fez falta. Mais fotos (ruins) no meu álbum no orkut.

2 comentários:

  1. O lugar é lindo, convida à meditação, é uma boa praia para uma cena de longa caminhada, com a música de fundo...cinematografica essa praia. Duvido que vc seja pior fotógrafo que eu! beijos

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  2. De fato, Cabo Ledo é lindo! Fui várias vezes e tenho fotos ótimas aqui. Se quiser, empresto. rs Deseje boa sorte a Vitor ai. Beijos Hilcelia

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